segunda-feira, 9 de agosto de 2010

07 de agosto - momento crise.

O dia de hoje eu escrevi num caderno. -.- queria escanear porque eu tô com preguiça de transcrever (transdigitar), mas aqui não tem Scaner. (:

Essa parte é chata, então, pode pular e ir pra outro tópico se você quiser (:

" Na verdade eu gostaria de estar escrevendo no blog porque aí eu teria menos trabalho :B mas o meu far (hostpai) fica meio que me vigiando pra não usar o computador a noite (trocando o fuso-horário) por causa das indicações do Rotary. O Rotary diz que é pior ficar tendo contato, dá mais saudade de casa e blablabla. Na verdade eu só posso falar com a minha família no máximo uma vez por semana. Eles falaram que uma vez a cada duas semanas seria o ideal. Mas eu acho engraçado quando meu far vem aqui me mandar desligar o computador, ele é ótimo, ele faz uma cara de : - Meus pêsames, dona Ayume, ram! haha Aí eu obedeço, é por isso que eu fiquei esses dias sem escrever, pq eu não tenho saco pra escrever de dia, como eu tô fazendo agora que são 2:30 da tarde aqui e no Brasil são 09:30, tá todo mundo trabalhando ou na escola, então eu não tenho ninguém pra conversar. Mas é a minha nova vida, então, vâmo lá.

Eu não fiz esse blog pra minha família e pros meus amigos no Brasil (ok, eu fiz também pra isso), mas eu ia escrever de qualquer jeito porque eu mantenho diários desde os 13 anos, sei lá, eu tenho necessidade de escrever. A minha memória é horrível. Eu ia chegar no Brasil e as pessoas iam me perguntar: e aí, como foi a primeira semana, o que mais você achou de diferente (essas perguntas que todos mundo faz) e o máximo que eu ia poder dizer, superficialmente, seria: ah, foi difícil estar numa casa que não é a sua casa e com pais que não são seus pais. Lá é frio.(ponto final)
E eu adoro detalhes, e se você acompanha meu blog e não gosta de detalhes deve tá me achando super chata, falando que eu escrevo demais e que não tem mais saco pra ler uma linha. Tudo bem. (:

Enfim, eu iria escrever no papel como eu sempre fiz, mas é legal poder compartilhar e oferecer a outras pessoas ,que talvez nunca virão à Dinamarca, um pouco da vida aqui. nhem nhem nhem
Eu sei que essa quantidade de informação vai ser só agora, no início.

Eu tô meio em crise com o meu blog. Ontem meu far (Luciano - o pai italiano) e minha mor (Mette) ficaram conversando comigo e tal, que eles queriam o melhor pra mim e que não era mesmo pra eu ficar conversando com todo mundo no Brasil pq daí eu ia desperdiçar o pouco do tempo que eu tenho aqui.

Mas, enfim. Eu refleti e eu não vou parar de escrever porque eu iria escrever nem que fosse em folha de rascunho. No mais, se eu quisesse estar no Brasil eu estaria: - oi, simples assim. Algumas pessoas fazem intercâmbio pra passear ou, sei lá, porque é modinha, é 'cool' fazer intercâmbio, fazem pra falar que fez. Ou então querem muito realmente vivenciar outra cultura, mas nunca saíram de casa, nunca sofreram uma mudança drástica e daí, quando sofrem isso pela primeira vez é aquele baque.
Pra mim por enquanto tá bem tranquilo. Tem só uma semana e ela foi super cheia. Gente nova, povo novo, comida nova, clima, dias, o festival. Nem tive tempo pra sentir saudade.

Mas eu sou filha de pais separados, já mudei de cidade 4 vezes, de escola 7, morei sozinha o primeiro semestre desse ano em Salvador (foi difícil :~ e olha que voltava em minha cidade todo mês). Eu vou ter a tal da 'homesickness' só um pouquinho mais pra frente. A distância é grande, por isso assusta. E daí, se eu quiser voltar, não vai ser daqui 15 dias, um mês, ou dois meses, é só daqui um ano.
Mas eu já senti saudade demais, talvez pra algumas pessoas esteja sendo mais difícil. Acho que é por isso que eu sou tão saudosa, saudosa do tempo que vai passando sem pedir licença. Pareço um 'poeta romântico do século XIX da primeira geração do romantismo'. haha E vai passar, vai passar tão rápido...
Tudo bem, vou confessar, ontem não consegui dormir direito, acho que era ansiedade.

Ontem foi a primeira vez que eu falei com o meu pai e fez uma semana inteira e um dia porque eu saí de casa numa quinta. Ah, foi ótimo falar com ele. A gente fez uma vídeo chamada e ele tava lá bestinha falando que me amava (e olha que meu pai não é lá de ficar se declarando). Ele perguntou se eu ainda queria fazer arquitetura com medo que eu desistisse e a gente deu umas boas risadas porque eu adoro fazer palhaçada na webcan.

(...) "

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