sábado, 18 de dezembro de 2010

O beijo em Paris.

O que o fotógrafo por excelência da França tem a dizer sobre fraude em sua arte parece estar contido na introdução a Paris Doisneau: “Ao longo dos anos, essas imagens que hoje flutuam e vêm se agrupar como rolhas de cortiça na correnteza do rio foram feitas durante as horas roubadas a meus diferentes tipos de empregadores. Desobedecer parece-me uma função vital e devo dizer que não estou privado disso. Enquanto eu, delinquente envelhecido que sou, vejo essas pessoas sérias que são os curadores de museus e os bibliotecários fazerem grande caso dessas imagens recolhidas em condições ilegais, sinto elevar-se em mim um delicioso contentamento”.

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