Ouvindo Astrud Gilberto na fita cassete (uh lalah) com um fone de ouvido retrô,
comendo uma deliciosa pera verde-limão,
pela estrada a fora,
pulando, os pezinhos se requebrando,
a fita pifava e Atrud cantava maravilhosamente e falhando,
português nos meus ouvidos,
um sambinha não mata ngm,
eu não sei fazer poesia,
mas que o dia tava bonito que só, ah! isso tava!
deitei na grama verde, verdinha,
mais verdíssima ainda com os raios amarelos do sol,
fiz um pic-nic com mais uma maçã e um cookie estilo-subway-de-ser,
cookie com gotas de chocolate e amêndoas,
Pixie correndo pra lá e pra cá,
veloz que só ela,
eu me balançando pro vento,
uma aquarela,
cantarolando bem alto pros dentes de leão que já desabrocharam
fui pro balanço,
fechei os olhos,
tava quentinho,
como é bom voar.
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