quinta-feira, 21 de outubro de 2010

17 a 19 de setembro - GET TOGETHER - IN RY!

Ry é o nome da cidade e a pronúncia é uma coisa estranha, estranhíssima.

não é 'rai' nem, 'riu' é: 'rui', só que meio 'grthrhtuhriu', parece um 'grú-i'. -.- Com um 'r' do diabo, rrrrr grrrrrr.

Garganta, pra que te quero? Dale dinamarquês!



Acabei de chegar em casa. Não sei o que escrever.

Eu podia narrar o que a gente fez, mas o que a gente fez pouco importa.

A gente tava junto e é isso.

Junto, sentado, comendo brigadeiro de leite condensado comprado na Alemanha que a Valéria fez. Juntos tentando voar e enterrar a bola de basquete na sesta (e eu com todo essa altura, subi em cima de três meninos e consegui (: mua ha ha). Juntos desvendando a escola e achando uma cama elástica, um monociclo, uns bamboles e um trapézio ás 2 da manhã.

A Valéria é de circo, ela sabe o número do trapézio o do pano, 'nossostros' colocamos a cama elástica perto da sesta de basquete, vai imaginando. Foi quase um cirque du soleil, a gente voando. Vinha de lá, 2 kilômetros correndo e pulava no trampolim. Eu tentei fazer pontos, pulando e girando o bambolê. Aqui só tem artista. haha

O Grupo dos Latinos e um americano, ou, o Grupo dos Latinos e Rokko que agora já não sabe de onde veio. Nunca conheci um americano como esse. A simpatia em pessoa e latino de coração.

Teve show de talentos e um juri 'hijo de una puta' quis manter a hegemonia pólo norte. Os latinos cheios da ginga, cantando suas músicas pátrias tiveram que perder pra um besteirol americano onde o personagem nerd quase fazia um strip. O melhor do grupo latino era Rocco batendo palma. Hahaha

A gente cantou 'good luck' de Vanessa da Mata com Bem Harper, “there are so many special people in the world”, um dos júris deu 6 pra gente falando que a gente não sabia cantar (ah, não sabia que a gente tinha a obrigação de saber cantar, desculpa) e ele levou um vaia de todo mundo, até dos cinquentões rotarianos. (só brasileiro pra fazer o juri levar uma vaia, muahaha)



(;

E frio, e vento, e todo mundo dormindo juntinho numa quadra e nuns colchões de ar. Eu, que esqueci o cobertor, me enrolando na toalha e numa metade quentinha de um saco de dormir aberto da Geovana e do Gustavo.

Gustavo roncando no meu ouvido: - oh, se eu roncar você me dá um tapinha que eu paro.

- tá.

* 1 minuto depois*

- rrrrrrrrrrghou, rrrrrgrhou (como é a anomatopéia do ronco?)

- ei!

- que foi?

- cê tava roncando!

- tava?

¬¬



***



E os dois zumbis conversando. Mortos de sono, mas resistindo bravamente:

- Gustavo, que que cê falou?

- Eu falei: kekisseronkô.

- han?

- kekisseronkô.

- que? cê tá falando japonês comigo?

- kekisseronkô! Ah, amanhã eu te falo.

- cê tá falando de que?

- eu to falando de cu.

- de que? kkkkkkk

- kkkkkkk, ai, meu deus, por que eu falei isso? Não tava falando de cu, não. kkk

- ô, cê tá ouvindo uma vaca mugindo?

- que? quem tá fugindo?

***

É, a gente desistiu e foi dormir.



G2G, chili, salsa mexicana, portunhol. E na festinha o Dj tocou (uou!): 'para papapa papapapa, morro do dendê é ruim de invadir, nois os alemão vamo se divertir' foi bom pra da um up no psy 'tuts tuts tuts'.

Ai, a dinamarca é tão hyggelig, em plena boate, velinhas por todos os lados. Um tanto 'romatik'.



No sábado, fizemos uma trilha na floresta no ponto MAIS ALTO da Dinamarca, tchan tchan tchan raaaaan: 100 metros.

(Y) Mais vento, mais chuva. O cenário parecia o de Crepúsculo quando Edward escala aquelas árvores (aliás, eu sempre me perguntei isso - cê já ouviu falar que vampiro escala árvore?, é meio que: - sabe o que é um vampiro? - não, o que? - é um bicho que brilha e escala umas árvores). Então, parecia mesmo. As vezes parecia o Senhor Dos Anéis, e daí quando a gente chegou no lugar que a gente ia comer, tinha uma velas em volta e uma fogueira que eram só um toco de árvore com fogo no meio e daí eu achei que eu tava em Hogwarts ( que magia foi pra deixar aquelas velas acesas num puta de um frio, de uma chuva e um vento daquele?) e de lá de cima dava pra ver uns lagos enooormes.

No topo do ponto mais alto tinha uma torre. Quando a gente chegou emcima da torre (aquelas torres relógios, sabe?) eu achei que tava dentro de um furacão, um tornado, não sei. Vi a hora do vento me derrubar pela janela. sssshhhhhhhhhhhhhhhhhiuuuuu

Foi bonito que só. Depois a gente andou de barco e eu me senti meio na Amazônia fazendo uma matéria pro Globo Repórter tirando as muitas casas na margem do lago, barcos a vela e patos.

Muita cenoura e pepino na hora do lanche (imagine crianças assistindo tv e falando: - manhe, traz um delicioso pepininho? - bem-vindo a Dinamarca.), uns bolos gostosinhos, uma geléia de morango dos deuses! Mais pão, mais batata.

Ry é uma gracinha.

tão longe da minha cidade: 10 longos minutos! (:

Me assusta como as distâncias aqui são psicológicas!

De volta pra Skanderborg, já sinto falta de dar beijinho no rosto, abraço bem apertado. Aqui do outro lado, no velho continente você descobre o que é ser brasileiro, o que é ser latino, a gente se dá conta do que é todo esse calor e da falta que faz.

Muitas saudades de todos vocês. (L)

Valéria, Anna, Gusta, Rafael, Giovana, Beatriz, Juan, Miguelito, Hector, Luisina, Rokko, Gabriel e eu que não sou muito boa com nomes, saudade de todos os outros também, de todas as nacionalidades, da presença, da energia de ser intercambista.



G2G 1450!

Até outubro (L)





Sobre el poco calor de los daneses, há de se encontrar outros modos (estoy aqui, cheia de esperança). Ah! gente é gente em qualquer lugar.





























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